Empresário douradense assassinado não possuía envolvimento com o tráfico, decide Justiça

| DOURADOS AGORA


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14/07/2021 09h49

O empresário douradense Junior da Silva Bonato, assassinado no final da tarde do dia 07/07, até então corretor de imóveis e veículos, e sócio proprietário da empresa DG Transportes, em Dourados/MS, teve sua inocência reconhecida pela juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo/SP.

Os advogados, Salomão Abe e Ali El Kadri, em contato com advogada Maiara Marques de Matos que defendeu o empresário, disseram em entrevista, que 'Junior realmente foi preso acusado de associação para o tráfico sendo ao final do processo absolvido das acusações . Que atualmente Junior não respondia a nenhuma acusação e atuava no ramo de empresa de transporte, e corretor de imóveis e veículos. Os advogados ressaltam que , a Justiça foi feita, face sua absolvição'. Ainda, nas palavras dos advogados, 'em um Estado Democrático de Direito, o princípio da presunção de inocência é uma garantia fundamental de todos os cidadãos, indiscriminadamente, e deve ser observada ao longo de todo o processo, sob o risco de prisões injustas, como fora a de Junior'.

Entenda o caso:

A denúncia do Ministério Público Federal, oferecida em 2011, acusou determinados indivíduos, dentre eles o empresário Junior Bonato, de estarem envolvidos no crime de associação para o tráfico transnacional de drogas.

As investigações que serviram de base para a acusação foram conduzidas pela Polícia Federal em São Paulo e iniciaram-se em 2009; sendo que no ano de 2010 ocorreram interceptações telefônicas em diversos números do estado de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.

Dentre estes números interceptados, as investigações apontaram para o envolvimento de JUNIOR no crime em razão do fato, segundo consta na sentença, de que: 'a Polícia entendeu que Junior era o usuário do telefone (67) 9937-6102 porquanto em abordagem ocorrida no dia 1º de março de 2010, no interior de seu veículo, foi encontrado bilhete com o telefone de pessoa de alcunha Tio, pessoa que teria sido citada em mensagem interceptada do dia 2 de fevereiro de 2010'.

A juíza titular da 5ª Vara Federal de São Paulo, também responsável pela condenação de outros acusados citados na mesma denúncia do Ministério Público Federal, inocentou o empresário JUNIOR BONATO; fundamentando sua decisão com a consideração de que seria 'forçoso se reconhecer' que tal prova indicaria o envolvimento de Junior no crime de associação; sendo, portanto, tal elemento 'controverso e inconclusivo', segundo afirmou a juíza. Ou seja, não poderia haver uma condenação criminal tão somente com base em um bilhete encontrado no veículo do acusado.

Deste modo, em razão da 'pequena verossimilhança e da obscuridade das provas', o empresário Bonato foi inocentado pela Justiça Federal em São Paulo/SP das acusações por associação para o tráfico de drogas.

Os advogados disseram ainda que Junior possuía empregados em sua empresa, exercia função social na cidade de Dourados gerando renda a si e suas famílias, deixou esposa e filhos, e que confiam nas investigações para elucidar o crime .



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