Paiva se diz feliz por insatisfação de Payet em empate do Vasco e explica mexida: "Risco zero"

Treinador diz que pontuar é sempre importante e destaca entrega do time no clássico em São Januário

| GLOBOESPORTE.COM / EMANUELLE RIBEIRO, REDAçãO DO GE


Vasco 1 x 1 Botafogo | Melhores momentos | 13ª rodada | Brasileirão 2024
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O Vasco conseguiu o empate por 1 a 1 com o Botafogo na reta final do clássico neste sábado, em São Januário. Após a partida, o técnico Rafael Paiva explicou por que tirou Payet aos 14 minutos da etapa final. Ao deixar o campo, o francês mostrou-se revoltado com a substituição.

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- Payet é um jogador muito diferente tecnicamente e com inteligência de jogo, experiência. A gente só não contava que o Estrella fosse sair tão no início do jogo. A ideia era o Payet entrar no segundo tempo, a gente ia colocar. Acabou que, com as circunstâncias de jogo, que a gente não controla, a gente teve que colocar antes. A gente quis correr risco zero de perdê-lo em qualquer situação. Tínhamos uma minutagem interna que a gente já tinha programado.

- A gente tirou para não correr nenhum risco. Tecnicamente e taticamente, o Payet desequilibra. Estava muito bem, mas a gente precisava contar com ele para as próximas rodadas porque ele faz muita diferença.

Sobre a partida, Paiva elogiou a postura e a competitividade do Vasco no clássico. E, embora não tenha vencido, disse que o importante é sempre estar pontuando.

- A gente jogando em casa sempre vai buscar a vitória, esse foi o discurso no vestiário. E é sempre assim com os atletas. A gente não abriu mão de competir, de tentar jogar e de tentar buscar a vitória sempre. A gente respeita demais o Botafogo, que está lutando pela liderança do campeonato. Equipe forte e bem organizada. Acho que, pelas circunstâncias, pontuar sempre é o que a gente precisa fazer. Sempre vamos buscar a vitória, mas a gente não pode sair derrotado de São Januário. A gente conseguiu buscar o empate e vai lutar mais para buscar a vitória sempre.

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Payet de cara fechada e planejamento para o próximo jogo

- O Payet tem respondido bem nos treinos, a gente tem aumentado a carga gradativamente. Já conseguimos colocá-lo nesse jogo, por circunstância entrou um pouco antes. A gente fica feliz pela insatisfação dele porque ele é muito competitivo. Ele quer jogar, sabe que pode fazer a diferença. Então a gente tem que controlar essa ansiedade dele, mas a partir do momento que ele entra em campo é um jogador muito diferente. Muito diferente. Claro que contamos com ele, vamos tentar aumentar o volume dele, ou entrando jogando ou entrando no decorrer das partidas. É dia a dia tentando condicioná-lo mais. Ele até tinha para jogar um pouco mais, mas estamos indo devagar para tê-lo mais por mais tempo e por mais sequência.

Entrada de Hugo Moura em Tchê Tchê

- No momento da jogada eu achei que era para amarelo, por conta de ter mais jogadores na cobertura. Eu não revi o lance, mas no momento do jogo eu achei que o árbitro acertou porque tinha cobertura. A respeito do resultado para eles, cada um tem um jeito de olhar. Para nós, em São Januário, sempre vamos jogar para ganhar independentemente do adversário. E a gente precisa pontuar aqui, os pontos fazem diferença lá na frente, importante não termos perdido o jogo, mas brigar para ganhar sempre aqui dentro.

Dupla de laterais-esquerdos em campo

- A gente perdeu por suspensão o David e o Matheus Cocão, que estavam muito bem. Decidimos colocar o Piton para termos uma dobra no corredor. Tentar manter defensivamente uma organização maior. Ter o Piton, que defende muito bem, mas é um jogador que ataca muito, ataca espaço, entra em diagonal e tem muita qualidade no cruzamento. Como o Botafogo é um time de transição muito forte, com jogadores muito potentes e muita velocidade, a gente precisava atacar, mas também estar preparado para defender e para inibir essa transição do Botafogo. O Victor entrou bem, mas com a volta do David e do Matheus, a ideia é talvez manter o sistema que estávamos fazendo.

Interino Rafael Paiva ou técnico Rafael Paiva?

- O campeonato é muito difícil, são muitos jogos em sequência, e o nível da Série A é fortíssimo. Precisávamos pontuar para sair dessa situação incômoda e ver a equipe respondendo com intensidade, com organização de tentar jogar mais com a bola e criar mais chances de gols vai nos deixando mais perto das vitórias e de pontuar. A curto prazo estamos conseguir pontuar porque fazemos por merece. Claro que muitos ajustes faltam, mas acho que estamos no caminho.

A respeito de ser interino ou treinador, é jogo a jogo. Fica a cargo da diretoria. E, para mim, tem passado jogo a jogo. Falam para que eu me prepare a cada jogo, e a minha mentalidade está sendo o mata-mata a cada jogo, é uma final a cada jogo. A diretoria que decide isso lá na frente.

Lesão de Guilherme Estrella

- Estrella realmente sentiu o menisco (do joelho direito), ele vai fazer um exame amanhã. A gente acredita que não seja nada sério, mas tem que fazer o exame para vermos.

Performance no comando do Vasco

- A cobrança é gigante, me cobro muito o tempo todo, desde a época de base. Tive o privilégio de vencer muito na base, peguei equipes extremamente talentosas, trabalhei com grandes jogadores. Nos meus dois últimos anos na base do Palmeiras, ganhei duas Copas do Brasil e dois Brasileiros. Quanto mais você ganha, mais você se cobra. O peso é muito alto, e no profissional não é diferente. Me incomoda muito só defender e não atacar, e tento trazer o que acredito pra equipe. Tenho ficado muito feliz, porque os jogadores acreditam nisso também. Acho que esse é o DNA do Vasco. Independentemente do resultado, a forma que você compete faz toda a diferença no resultado. Na derrota, no empate, na vitória. É isso que tenho tentado trazer, manter as minhas convicções. É muito difícil porque a pressão pelo resultado é gigantesca no profissional, mas não abro mão de tentar fazer o que eu acredito. Acho que casa muito com o DNA do Vasco. A gente tem tentado evoluir, desenvolver sempre. Acho que o caminho é esse. Por enquanto, tô feliz com o que a gente vem fazendo, mas a gente precisa buscar a vitória sempre. Não vamos parar de trabalhar até conseguirmos sequências mais positivas.

Melhora em construção

Conseguimos mudar a mentalidade de competir. Não que eles não competiam antes, mas conseguimos organizar um pouco a parte defensiva, estar um pouco mais compacto, conseguir defender com mais jogadores, não o tempo todo só em bloco baixo, conseguimos marcar mais alto. Acho que é um grande avanço. Conseguimos construir mais, estamos menos reféns de uma bola longa no Vegetti, uma coisa que me incomodava muito. Conseguimos construir por dentro, fazer a bola circular nos corredores, chegar com uma bola limpa no campo de ataque. O que tenho cobrado muito, e eles sabem, é o refino no último terço, para a gente criar mais situações de gol, não só com cruzamento, mas também com infiltração, com tabela, com transição. Acho que estamos transitando melhor, fizemos gol no São Paulo de transição, acho que encaixar algumas transições faltou achar o último passe para ser uma situação mais clara, mas é um processo em construção, estamos no caminho.

Os jogadores têm consciência de que estamos conseguindo evoluir mas agora precisamos do refino final. A confiança em ter mais a bola naturalmente vamos conseguir evoluir isso com mais velocidade, ter mais a bola no campo de ataque, daqui a pouco vamos conseguir individualidades, vamos buscar o caminho do gol também. É isso que tentamos passar em tão pouco tempo de trabalho, poucas sessões de treino, mas acho que estamos no caminho, o próximo passo é termos o último terço mais forte e estamos trabalhando muito nisso com vídeo, muita orientação, muita conversa e passando muita confiança para eles. E o Pedrinho e o Felipe têm sido fundamentais para isso, tanto pela experiência que eles tiveram de estarem aqui, de vestirem a camisa, de saber os atalhos do campo, tem me ajudado bastante, e novamente, comigo tem sido jogo a jogo.

Sobre a ausência do Pumita no banco

Hoje a ideia foi deixar o Rojas como lateral. É um jogador que faz zagueiro pela direita, que faz a lateral, no jogo do Bahia levou os dois, por característica do jogo sabíamos que poderia usar os dois em algum momento e para hoje optamos tanto na função de como lateral e zagueiro, optamos por trazer mais um jogador de ataque. A gente tinha o Erik, Rayan, Payet, Clayton, Rossi... tentamos mexer também nos suplentes até para oxigenar o grupo e para manter todo mundo ativo. É uma estratégia para manter todo mundo físico e manter a competitividade saudável no grupo.

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