Flamengo encaixa na 2ª etapa, mas não alcança a vitória em Bragança

Rubro-negro não fez um bom 1º tempo, mas produziu mais chances claras e poderia ter vencido

| GLOBOESPORTE.COM / RODRIGO COUTINHO


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Cotações

Se o rendimento do Flamengo nas últimas visitas a Bragança Paulista, somado ao nível de atuações do time nas últimas rodadas, causavam calafrios no tordcedor rubro-negro antes do duelo contra o Bragantino, o sentimento pós-jogo certamente é distinto. O rubro-negro não teve uma grande atuação. Mas depois de um 1º tempo de sofrimento, dominou o adversário na 2ª etapa e poderia ter vencido.

De la Cruz e Bruno Henrique, fundamentais na construção do belo gol de empate aos 33 minutos do 2º tempo, perderam chances claras diante de Cleiton pouco antes. O rubro-negro, que não conseguiu igualar o ritmo dos donos da na 1ª etapa, deixou o gramado reclamando muito da arbitragem. Solicita, principalmente, um possível pênalti não marcado em Luiz Araújo na reta final do duelo.

Escalações

Pedro Caixinha surpreendeu ao escalar um meio-campo sem nenhum volante de origem. Eric Ramires foi o homem mais recuado do setor. Juninho Capixaba e Gustavo Neves completaram o meio. Luan Cândido foi escalado na lateral-esquerda e Eduardo formou a dupla de de zaga com Pedro Henrique. Mosquera e Vitinho foram os pontas.

Já Tite preservou Varela e Fabricio Bruno. Wesley e Léo Ortiz foram titulares. Ainda sem Pulgar e Arrascaeta, montou o meio com Igor Jesus e Allan fazendo companhia a De la Cruz. Gérson partiu da ponta-direita.

O jogo

O Flamengo bem que tentou. Durante cerca de 15 minutos conseguiu igualar o ritmo dos donos da casa e sofrer menos que o seu costume no Nabi Abi Chedid, mas não sustentou tal condição por muito tempo. Acabou dominado a partir da metade da 1ª etapa e pouco pôs em prática sua maneira de jogar antes do intervalo em Bragança Paulista.

Os donos da casa não reduziram a intensidade um minuto sequer em 50 minutos de 1º tempo. Subiram o bloco de marcação com coordenação e agressividade. Roubaram bolas dentro do campo rubro-negro, forçaram ligações diretas, e ganharam a maioria dos duelos diante dos cariocas. Com a posse, não encontraram tantos problemas para superar a estratégia dos visitantes.

O Flamengo também tentou marcar no campo de ataque, mas não conseguia ter o mesmo encaixe na pressão inicial, oferecia liberdade para o primeiro passe longo, que quase sempre achava Eduardo Sasha ou Gustavo Neves nas costas do meio-campo. Eles escoravam para um dos pontas, e a aceleração com Mosquera e Vitinho fazia o rubro-negro sofrer.

O colombiano de 22 anos deu muito trabalho a Ayrton Lucas e a quem tentasse ''dobrar'' a marcação no setor. Esteve envolvido na origem da jogada que terminou em bola na rede do Flamengo. Pedro Henrique marcou de cabeça em escanteio bem cobrado por Gustavo Nunes. Mais um lance de imposição física dos anfitriões.

O Flamengo foi se revelando um time pouco capaz de dar uma resposta a este tipo de jogo. Até teve alguns momentos de perigo, mas sem constância. Em um deles, o árbitro voltou atrás em expulsão de Luan Cândido, que cometeu falta em De la Cruz como último homem. O uruguaio teria feito um ''calço'' em Pedro Henrique na origem da jogada.

Esta foi uma das poucas ligações diretas que teve Pedro como alvo controladas pelo Mais Querido. Eduardo se impôs diante do centrovante do Flamengo. Allan e Igor Jesus perdiam constantemente a bola ao receberem de costas para o gol rival. Chegavam atrasados em combates e já tinham cartão amarelo.

Ainda no 1º tempo, Tite sacou o jovem volante para a entrada de Luiz Araújo. Gérson foi para o meio. O time teve poucas possibilidades de acionar o camisa 8 circulando da direita para o meio e abrindo o corredor para Wesley. Não estabelecia trocas de passe e não ocupava o campo de ataque devidamente para isso. Gérson, por sua vez, era mais um a sofrer com o ritmo do confronto.

Depois do intervalo, o Flamengo conseguiu ajustar a compactação entre os setores para pressionar a bola, e contou também com um Bragantino menos intenso. Nenhuma equipe consegue repetir a ''pegada'' que o Massa Bruta teve por tanto tempo assim. Roubando mais bolas e trocando mais passes, encaixando as aproximações, o time carioca cresceu em campo.

Explorou bastante o espaço nas costas da defesa paulista. O Bragantino não conseguia fazer a mesma pressão na saída rubro-negra, mas também não recuava a última linha. Antes do empate de Bruno Henrique em lançamento primoroso de De la Cruz, já eram quatro os ataques terminados em finalizações perigosas do Flamengo. Quase todos surgidos em passes em profundidade.

Pedro Henrique, Eduardo e Cleiton se desdobraram e evitaram a virada em boas defesas, cortes e bloqueios. Ao contrário do que o técnico Pedro Caixinha esperava, o time da da casa caiu bastante de produção com as mexidas. Lincoln e Lucas Evangelista, principalmentem, entraram muito longe da rotação da partida. Apenas um chute de Eric Ramires levou perigo à meta de Rossi no 2º tempo.

Chamou a atenção o fato de Tite ter encerrado a partida com duas mexidas a serem feitas e Gabigol no banco de reservas. Lorran entrou bem no início da 2ª etapa, passou a fazer dupla de frente com Pedro, que atuou por 90 minutos. De la Cruz e Gérson terminaram a partida compondo a dupla de volantes da equipe.



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