Empresário culpa diretor e ex-presidente do Cruzeiro por saídas de Estêvão e Vitor Roque: "Valem R$ 1 bilhão"

André Cury agencia carreira da dupla; joia do Palmeiras saiu do clube antes da gestão de Ronaldo, enquanto atual atacante do Barcelona deixou a Toca em 2022

| GLOBOESPORTE.COM / GUILHERME MACEDO


Estêvão, 16 anos, brilha e Palmeiras vence de virada na Libertadores
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Empresário de Estêvão Willian, joia do Palmeiras, e de Vitor Roque, atacante do Barcelona, André Cury culpa dirigentes do Cruzeiro pela saída da dupla da Toca da Raposa, anos atrás. Nominalmente, ele cita Pedro Martins, atual diretor executivo da SAF, e Sérgio Santos Rodrigues, ex-presidente do clube.

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Vitor Roque chegou do América ao Cruzeiro, em 2017, de forma polêmica (relembre no fim da matéria). De igual forma, deixou o clube no primeiro semestre de 2022, após surgir com destaque no Campeonato Mineiro, logo no início da gestão de Ronaldo Fenômeno na SAF.

Na ocasião, o Athletico-PR realizou o pagamento da multa rescisória em juízo, gerando o fim do contrato e a liberação do jogador. O Cruzeiro, no entanto, questiona o valor, em processo que tramita na CNRD. Em entrevista ao podcast Storicast, Cury disse que avisou a Pedro Martins sobre o risco de saída do jogador caso não houvesse aumento da multa.

"O diretor que está lá, se não me engano é Pedro Martins, escutou da minha boca, mais de dez vezes, que precisava aumentar o salário, para aumentar a multa e não ter esse risco."

- Quando ele fala: “Já sabemos que esse agente..." Não, isso é conversa furada. Eu sou amigo do Ronaldo, o conheço desde 1994. Não tenho nada contra ele, absolutamente. Sou agradecido por tudo que ele fez pelo futebol brasileiro.

A saída de Estêvão aconteceu antes da chegada da SAF. Atualmente com 16 anos, foi descoberto pelo Cruzeiro aos 10, em 2017. Iniciou a trajetória nas escolinhas de formação, foi alçado ao campo, onde ganhou o apelido de "Messinho". Deixou o clube rumo ao Palmeiras, em 2021, após ter o nome envolvido em denúncias contra a gestão do presidente Wagner Pires de Sá, em 2019 (relembre os detalhes no fim da matéria).

Cury não detalhou os motivos que geraram atrito com Sérgio Rodrigues, mas garantiu que o culpado pela saída de Estevão da Toquinha, aos 14 anos, foi o ex-presidente, citado pelo empresário também na situação de Vitor Roque. Sérgio deixou de comandar o futebol celeste em dezembro de 2021, quatro meses antes da saída do centroavante rumo ao Athletico.

- O problema é com o Sérgio Rodrigues. Aí que a gente fala do amadorismo do futebol brasileiro. Esses dois jogadores podem valer, juntos, R$ 1 bilhão.

"É mais que a dívida do Cruzeiro, e os dois jogadores só saíram do Cruzeiro porque o presidente que estava lá na gestão estava mais preocupado em fazer política e fazer guerra política, do que cuidar dos próprios ativos dele."

O valor citado por André Cury está relacionado à negociação de Vitor Roque e à multa rescisória de Estevão com o Palmeiras. A venda do centroavante ao clube catalão conta com bônus e pode superar R$ 400 milhões, enquanto a joia palmeirense tem cláusula de saída fixada em 45 milhões de euros (R$245 milhões pela cotação atual) e desperta interesse de gigantes europeus.

O que dizem os citados?

Procurado pelo ge, Pedro Martins, atual diretor executivo de futebol, informou que o processo pela saída de Vitor Roque está em andamento na CNRD e preferiu não se pronunciar sobre o assunto.

Também em contato com a reportagem, Sérgio Santos Rodrigues ressaltou que a ida de Vitor Roque ao Athletico aconteceu após a saída dele do comando do futebol cruzeirense e explicou que Estêvão Willian deixou a Toca da Raposa em função de exigências financeiras que não poderiam ser cumpridas.

"Primeiramente, quando pessoas como André Cury, Itair Machado e perfis parecidos falam de mim eu fico feliz, sinal que estou no caminho certo. Sempre repito isso quando sou atacado por gente desse tipo.

Quanto ao Vitor Roque sinceramente não entendi o sentido porque ele foi vendido muitos meses depois de eu sair do futebol, então não sei como se deu a saída. Sei o que li a respeito com a versão do Cruzeiro e do Alexandre Mattos, envolvidos na transação, e nenhum deles nunca me citou. Então realmente não sei qual minha culpa da venda de um jogador mais de 6 meses após eu não ter a gestão do futebol. Pelo contrário, foi nossa gestão que profissionalizou o Vitor Roque no Cruzeiro, com visita pessoal e elogio do próprio pai do atleta a época, o que foi registrado em fotos é publicado nas redes do clube. Logo, não posso falar sobre isso porque, repito, não participei de nada.

Quanto ao Estevão realmente foi um episódio triste. O atleta teve uma lesão séria ainda com 13 anos e eu pessoalmente o visitei em casa com nossa diretoria quando isso ocorreu e ele sempre manifestou interesse em ficar. Entretanto, apesar da manifestação de vontade dele, apareceram algumas exigências como apartamento, quantia milionária à vista e salário que, além de não serem permitidos pela legislação para um atleta dessa idade, eram incompatíveis com o Cruzeiro à época. Todos sabem a realidade que estávamos de salários até mesmo atrasados, sendo inviável assumir um compromisso desse. Mas tudo isso, repito, com diversas manifestações do pai e do atleta dizendo que queriam ficar, em mensagens trocadas com nosso Diretor à época, todas até hoje registradas. Então, infelizmente, ele saiu porque acreditamos que houve essa influência de alguém no garoto para receber algo que, repetimos, seria até ilegal porque um atleta de 14 anos não poderia receber o que foi apresentado."

Polêmicas com Estevão em 2019

Estevão teve o nome envolvido em polêmicas causadas por contratos assinados por Itair Machado (enquanto representante do Cruzeiro) com empresários, na gestão de Wagner Pires de Sá. Em ambos os casos, o clube estaria cedendo percentual de direitos econômicos da criança, o que é proibido pela Fifa e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Um dos casos é o contrato assinado entre o Cruzeiro e um empresário, em março de 2018, pelo empréstimo de R$ 2 milhões. Em abril do mesmo ano, as partes assinaram um contrato de mútuo, no qual o Cruzeiro oferecia percentuais de jogadores da base e do profissional como forma de pagamento da dívida. Estêvão William era um dos atletas envolvidos.

Em contrato assinado em junho de 2019, o Cruzeiro acertou uma divisão dos direitos econômicos da promessa com outro empresário e com os pais de Estevão. A divisão ficou assim: 70% para o Cruzeiro, 15% para a empresa do empresário e 15% para a família de Estevão. A prática de ceder direitos a terceiros foi proibida pela Fifa em 2015.

Chegada conturbada de Vitor Roque

Formado nas categorias do América, Vitor Roque chegou ao Cruzeiro às vésperas de completar 14 anos, em 2019. A diretoria do Coelho denunciou o rival - então comandado pelo presidente Wagner Pires de Sá -, no Ministério Público, por assédio. O clube também organizou um boicote, e o Cruzeiro foi impedido de participar de algumas competições de base.

O Cruzeiro e o América-MG, então, realizaram uma série de reuniões e chegaram a um acordo de divisão dos direitos econômicos do garoto, que acabara de assinar contrato de formação, para finalizar o litígio.

Assista: tudo sobre o Cruzeiro no ge, na Globo e no Sportv



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