Anticoncepcional faz mal ao coração?

Cirurgião vascular alerta sobre os riscos vasculares relacionados ao uso da pílula anticoncepcional sem orientação médica

| CORREIO DO ESTADO / FLAVIA VIANA


- Reprodução
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Desde a década de 1960, quando foi lançada no mercado farmacêutico dos Estados Unidos a primeira pílula anticoncepcional, o número de mulheres que fazem uso do método só aumenta. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 150 milhões de mulheres fazem uso de contraceptivos orais em todo o mundo. 

E, apesar da fórmula ter sido melhorada ao longo dos anos, diminuindo as porcentagens hormonais e os efeitos adversos, ainda existem riscos à saúde das mulheres, principalmente quando o histórico médico revela condições relacionadas ao sistema vascular.

É sobre isso que o Dr. Elcio Pires Junior, cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, faz um alerta. Já que estudos recentes mostraram que o uso a longo prazo da pílula favorece o surgimento de placas de gordura nas artérias, o que pode desencadear doenças do coração.

“O anticoncepcional é uma combinação de hormônios, geralmente estrogênio e progesterona sintéticos, que juntos impedem que a mulher ovule. 

O que acontece é que essa combinação de hormônios também afeta o sistema vascular fazendo uma maior contração dos vasos sanguíneos e das artérias, engrossando o sangue e acelerando o processo de formação de coágulos. O que pode evoluir e causar um infarto ou um derrame', explica.

O ponto determinante dessa relação entre a pílula e o desencadear de uma doença do coração é o histórico médico de cada mulher, que quando somado aos fatores de risco aumentam significativamente as chances de cardiopatias e problemas vasculares. 

Mulheres que sofrem com obesidade, hipertensão, diabetes e/ou são fumantes estão dentro desse grupo e devem procurar uma alternativa de método contraceptivo não hormonal.

“O ideal para todas as mulheres que querem começar a fazer uso de um método contraceptivo seria passar em avaliação médica para que as predisposições genéticas e os fatores de risco fossem considerados antes da escolha final de um método. 

Mas, o que acontece é que a maioria das mulheres começam a tomar a pílula sem passar por uma investigação para descobrir se está propensa ou não a desenvolver doenças cardiovasculares. 

E isso acaba gerando consequências graves ou até fatais', alertou.

Em todos os casos, se você faz uso da pílula e ainda não passou por um médico cardiovascular, vale a pena marcar uma consulta para saber como anda a saúde do seu coração. 

E se surgirem sintomas como: hemorragias, dores abdominais sem causa determinada, dores de cabeças frequentes e fortes, visão alterada repentinamente ou dores e sensação de peso nas pernas, é recomendado que você procure atendimento médico. Esses sinais podem indicar que o anticoncepcional está prejudicando o seu organismo.



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